1 de agosto de 2013

Começa hoje a SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO.

Esse ano o tema Apoio às Mães que Amamentam: Próximo, Contínuo e Oportuno.

semana mundial de aleitamento materno[1]

Acho que o tema cai super bem. Vejo que muitas mães necessitam desse apoio para amamentar, vivem o terror do leite fraco, do não tenho bico, do “não vou conseguir”.

Essa semana mesmo li um texto falando do quanto a convivência em tribos facilita o processo de maternagem e, sem dúvida, o de amamentação. Aquele conhecimento tribal que vai passando de mãe em mãe.

Eu mesma achava que era só “plugar” a criança no peito que estava tudo certo. Na prática, vemos que não é bem assim. Na primeira mamada no hospital, uma enfermeira me ajudou com o Bento. Aí, você pensa que na segunda eu já sabia. Ih, nada! Ficava brigando eu, meu peito e Bento. Uma amiga que estava me visitando ajudou. Depois, fui sendo orientada pelo meu obstetra. Posso dizer que o meu processo foi tranquilo. Bento ganhava peso e eu tinha uma senhora produção. Tanta produção que diversas vezes tive que ordenhar no banho morninho para tirar o excesso. Tive febre durante a descida do leite, conhecida como apojadura. Mesmo assim, sei que no geral, muitas mães se deparam com oscilações na produção de leite, monílias, mastites e rachaduras de mamilo – inclusive sangramento. Não posso afirmar que vai ser fácil, mas garanto que é maravilhoso. Um dos maiores bens que damos pros bebês e, diga-se de passagem, para nós mesmas. É uma troca de amor intensa. Além disso, facilita a perda do peso ganho durante a gestação, faz com que o útero se contraia para voltar ao seu tamanho normal e previne o câncer de mama. Num tá bom?

Ah! Rola um cansaço. Muita gente vai dizer pra você tirar o peito logo, para dar uma mamadeira ou que seu bebê de 1 ano está velho pra mamar no peito. Bebês de peito mamam com muita frequência nos primeiros meses, alguns não aceitam chupetas ou mamadeiras (foi o meu caso) e acordam bastante pela madrugada para mamar. Não estou aterrorizando, passei por isso tudo – e continuo passando- e posso dizer, sem titubear, que vale a pena. Esqueça o que a maioria vai falar ao te ver cansada e “sugada” pelo bebê. Procure fontes de informações seguras. A OMS recomenda o aleitamento até os 2 anos pelo menos, tá bom pra você? Você pode parar quando quiser, só não pare por causa de gente desinformada.

Ontem, a pediatra do Bento me mandou mensagem me pedindo os telefones de instituições de apoio à amamentação. Parei tudo e corri para dar o telefone do IFF e do Cantinho da Mamãe. Sou mega ultra super à favor da amamentação. E como uma boa aquariana adoro envolver mais gente no que acredito. Fico pra morrer quando ouço relatos de mulheres que desistiram.

Um detalhe: não fui amamentada. Diz minha mãe que ela não tinha bico. Algumas pesquisas sugerem que mulheres que não foram amamentadas têm menos chances de amamentar seus filhos. Não eu! Ahá! Brincadeiras à parte, tenho minha amamentação como vitória. Não tenho bico – fiz um monte de coisas para produzi-lo durante a gravidez graças ao meu obstetra (grande Xico!). E não fui amamentada. Eu rio na cara das estatísticas hahahahaha

Valorizo muito a amamentação!

Espero que a campanha contagie muitas mulheres! E muitos homens! Eles fazem parte. O apoio da sociedade é de extrema importância. Na minha opinião licença à maternidade tinha que ser, no mínimo de 6 meses. Bom mesmo, seria 1 ano.

Acho que o aleitamento também faz parte do empoderamento da mulher e, como uma boa feminista, dou o maior apoio!

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Seguem algumas informações retiradas do site Agência Brasil sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno que vai dó dia 1/08 (hoje) ao dia 7/08:

Rio de Janeiro – Começa amanhã (1º), a 22ª Semana Mundial de Aleitamento Materno. Com o tema Apoio às Mães que Amamentam: Próximo, Contínuo e Oportuno, a campanha ocorre até o dia 8. No Rio de Janeiro, a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) promovem, na manhã de domingo (4), no Museu da República, uma série de atividades.

Está programado o lançamento do Manual de Aleitamento Materno, destinado a profissionais de saúde. A presidenta do Comitê de Aleitamento Materno da Soperj, pediatra Carmen Elias, disse à Agência Brasil que o objetivo é que esses profissionais possam transmitir o conhecimento e as informações aos usuários.

A Soperj colocará à disposição do público, no período de 1º a 7 de agosto, o número (21) 9981- 5866 para tirar dúvidas sobre amamentação. O Disque-Amamentação vai funcionar das 9h às 16h. Pediatras da entidade darão esclarecimentos à população também durante os eventos programados para o dia 4, no Museu da República. Haverá atrações lúdicas para toda a família, ressaltando a importância do aleitamento materno, por meio da apresentação de bonecos e do grupo de teatro da Associação Brasileira de Pediatria (ABP).

“O leite humano tem propriedades que a indústria hoje, com toda a tecnologia mundial, ainda não consegue fazer alguma coisa semelhante ou um substituto, principalmente na parte imunológica”, explica a pediatra. “O leite materno protege a criança de infecções. A gente sabe que o bebê nasce com zero proteção. É o leite da mãe que supre essa deficiência”, acrescenta. Segundo ela, o ideal é que a amamentação ocorra até 6 meses de idade.

Muitas empresas já liberam as mães para a amamentação pelo período de 6 meses. Além de reduzir o risco de câncer de mama, essas mães estabelecem um vínculo afetivo com o bebê muito grande, segundo a pediatra. “Hoje, cada vez mais, a gente está incentivando o aleitamento na primeira hora de vida [do bebê], se possível, na sala de parto. A gente já tem trabalhos, com evidências científicas, de que isso ajuda muito, depois, a continuidade do aleitamento até 6 meses ou mais.”

A Semana Mundial de Aleitamento Materno foi criada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba, do nome em inglês) e ocorre em 170 países, com a meta de aumentar os índices de aleitamento materno.

Edição: Talita Cavalcante

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