Não é só isso. É isso tudo.

Eu ficaria bem mais tempo na sua virilha
E me enroscaria nas tuas coxas e cintura
Segurando com as mãos as duas bandas da sua bunda
E lamberia do seu pau ao umbigo
E do umbigo, chegaria na sua boca
A sua maldita e deliciosa boca

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Hienas

Caminho entre as hienas por força do hábito. Tento correr, mas elas se agarram nas minhas canelas. Me seguram. Isole isso tudo, eles dizem. Mas as hienas já tomaram o meu sangue como bem planejaram. Elas se riem orgulhosas do resultado. No meu encalço, ah, no meu encalço, vocês não iam nem sair de casa, minhas queridas. E esse veneno é tão tóxico que chego a questionar se amo isso mesmo. Tenho vontade de sumir. Mas saibam, que antes de sumir, vocês vão me escutar. E se não me escutaram ainda, é porque vão ter que me aturar. beijos.

Eu tenho Arte

Eu não tenho classe e pra melhorar as coisas, fui vestir uma roupa. Achei uma calça maneira, mas daí nenhuma blusa pra combinar. Os cabelos estão desgrenhados e também não achei nenhum prendedor disposto a doma-los. Soube que a escola que estudei, atualmente, custa 3200 reais e pergunto no que foi que eu errei. Amigas bem de vida, outras nem tão bem assim. Mas todas bem delicadas e educadas e eu por opção ou carreira decidi ser meio bagunçada.

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Dança Comigo

Todo santo dia tento entender o que esse barco quer de mim. O que essa vida quer de mim. E o que eu quero pra mim mesma.

Às vezes, fico presa nos detalhes. Às vezes, resolvo só dançar com ele sentindo o ritmo que a água impõe.

Porque a água impõe. Água não segura. Água refresca, hidrata. Água inunda, infiltra. E eu me sinto tão água quanto a água que me circunda.

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Feliz dia das Panteras, Onças e Leoas!

Ser mãe é uma coisa que até hoje me embarga voz ao falar, ao lembrar e a viver.
Talvez, porque eu a viva no modo intenso. Numa piscina de ondas infinitas que aprendi a surfar na marra, apesar dos inúmeros e constantes caldos.

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Auto terapia

Um medo. Um pânico. Entre todos os pânicos que assolam o ser humano e, especialmente, a ser humana aqui. É o medo de pipocar enquanto mãe. Isso. Dar p.t. Bugar. Surtar. Abandonar o barco. E não levar a maternidade até o final. Minha mãe foi assim.

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Volta a mim e mais uma etapa do videogame

Faz um tempo que tô pra vir ao blog falar sobre maternidade, vida, esporte, Bento. Porque sabem, quando cheguei aqui, falando sobre maternidade real, se fuder no paraíso e essas coisas, era só mato. Ainda insistiam na maternidade doriana, Johnson e Johnson e aquelas mães de bermuda social e topsider – tenho pavor de virar esse tipo de mãe um dia. Nada contra. Só contra eu ser uma delas. Paranóia.

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O Beijo

Tua boca e o ardido da tua barba em meu rosto
Tua mão em minha nuca e teu gosto
Tua língua macia tua língua dura
Tua língua inquieta no meu coração
Nossos corações desesperados
Como nossas bocas em pleno combate

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Me dá 1 minuto

Se eu beber, eu choro
Se eu beber, eu choro
Beber, me traz você
rente de frente
Me traz que é impossível não querer
Mas estando decidida
Choro

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Teimosia

Eu vou te amar. Decidi. Ponto. Aguente. Pois vou te amar imensamente.

Vou sentar aqui nesse sofá macio e vou te amar em contemplação. Vou te amar com paciência. Coisa que nem tenho – pra ver como tô disposta mesmo a te amar.

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Homem assim pega

A cara não era propriamente bonita, mas era máscula. Homem com cara de macho me pega. Pela calcinha. Os dedos grossos. Dedos grossos me pegam. Continue lendo.

Dia 9: dia de Jorge

Diário de viagem: 23/04/22

Essa foi a primeira noite que dormi bem. Sem meu carregador de celular, tive que dormir com o barulho do vento do rio, tal qual faziam os incas e os astecas. Fiquei incomunicável o que, às vezes, é bom pra caramba.

A lua certamente ficaria vermelha e ficou. Comemorei porque estava aberta a temporada de dormir bem e parar de encher os olhos d’água por qualquer motivo – até parece.

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Dia 8: o dia de Sônia, Suzete, Soraya e Samara.

Diário de viagem: 22/04/22

Acordei cansada. Os dias que chegam envolvem testes na água e muita coisa se passa em minha retina até aqui.

Da mulher que corre com os lobos à mulher que resiste com eles, acumularam-se emoções e volta e meia elas brotam na voadora. Ao contrário do que pensam a persona atleta não senta no barco sozinha. Senta todo mundo: você e todas as suas personalidades. No meu caso, eu, Sônia, Suzete, Soraya e Samara – das que conheço.

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Dia 7: o primeiro dia na pista

Diário de viagem: 21/04/22

Se estivesse chovendo, era pra fazer ergo.
Mal abri meus olhos insones, vi que pingava lá fora. Dava pra remar? Creio que sim. Mas achei melhor dormir um pouco mais e ir para o ergo.
O corpo, às vezes, te dá a deixa. Só que a cabeça amaluquece. Quando você se torna atleta, aprende o “treine enquanto eles dormem” repete isso mais de 10 vezes e se esquece de como é chutar o balde. Balde? Que balde?

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Dia 6: o dia Internacional da virada das pás

Diário de Viagem: 20/04/22

Acordei lenta sob efeito do relaxante muscular que, finalmente, me deu uma noite inteira de sono nessa TPM maldita. Além da insônia me encanta o barrigão de grávida, as pernas inchadas e o desejo de socar pasta de amendoim com dulche de leche pra dentro a cada duas horas. Às vezes, uma.

Entornei café preto pra dentro. Amo.

Ontem, perguntei ao treinador, de todos os defeitos que apresento no momento (uma coleção deles) qual devo focar agora, qual é o mais importante para eu não ficar loca pensando em vários ao mesmo tempo. Primeiro, ele me respondeu: “Mais louca? É possível?”. Acho que não. Mas é aquela coisa, sempre pode piorar. Tenhamos humildade. “La virada de las pallas”. Ok. A virada das pás.

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Dia 5: o dia do vira-lata da maloca argentina

Diário de Viagem: 19/04/22

Acordei e minha lombar estava revoltada comigo. Minhas pernas me lembravam da grosseria a qual as submeti ontem.

Meu sono, em geral, ficou muito debilitado depois de ser mãe. Mas na TPM… ah, na TPM ele fica especialmente tenebroso. A lôca dorme acordada quase uma semana antes de menstruar. Essa noite foi uma delas.

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