Diário de viagem: 18/04/22
Acordei animada pra remar e colocar o que aprendi em prática de novo. Minha mente pede a toda hora uma certeza e eu preciso lidar com essa ansiedade. O esporte é um ambiente que lida com poucas certezas.
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Acordei animada pra remar e colocar o que aprendi em prática de novo. Minha mente pede a toda hora uma certeza e eu preciso lidar com essa ansiedade. O esporte é um ambiente que lida com poucas certezas.
Continue lendo.Diário de viagem: 17/04/22
Dormi bem na minha avaliação, mas o relógio me disse que não. Ele afere o meu sono e, em geral, tem razão. Comi uma tortilla de arroz com queso e a geleia de laranja que Pancho me deu. Esse troço de juntar português com espanhol é viciante. Aliás, acho uma perda de tempo o Brasil, apenas o alecrim dourado do Brasil, não hablar espanhol. Essa língua tão bonitita, fofita, chiquitita.
Continue lendo.Diário de viagem: 16/04/22
Acordei às 5:30, cansada, cagada de medo ainda, mas feliz porque o dia ia amanhecer – e vocês sabem, espíritos só perturbam à noite. Me pergunto por quê.
Sem saber o que esperar, desci pra treinar.
Saí a remar com uma junior de 15 anos, Sofia, cada uma no seu skiff. A conheci no dia que cheguei e pensei: novinha que fofinha. Sofia queria me degradar, me humilhar – só que eu ainda não sabia.
Diário de viagem 15/04
Acordei às 3:15 da manhã para estar no aeroporto às 4. Ajeitei as malas, os gatos, a chave debaixo da porta da vizinha, a mim mesma e fui. Não comi. No aeroporto, um cara da gol informava que haviam 2 documentos a preencher online, 1 a pagar e 10% da minha bateria de celular pra cumprir tudo isso em 20 minutos. Puxei o ar fundo – isso tem me ajudado. Respirar me ajuda. Consegui. A fome já dava os seus sinais. Tomei um todinho, comi a farofa de uma granola que levei e voei. Estava morta. Viajar pra mim é um estresse pré tão grande que penso em desistir de tudo. Bento, gatos e a síndrome da mãe culpada me arrasam. Fico sem saber o que há de tão grande a me mover praquilo tudo.
Continue lendo.Meu nome é Fernanda e sempre amei os bichos. Desde que me entendo por gente. Sempre sonhei em ter um, mas não tive na infância. Vivi esse amor através dos bichos da minha avó que morava na zona norte do Rio. Sofri a perda deles, mas não como agora. Continue lendo.
Estávamos na cozinha. Eu, na beira do fogão, administrando alguma gororoba. Bento, de pé, na porta da cozinha, olha para o infinito. Seus neurônios divagavam. Seus botões formulavam uma nova pergunta pra mim. Continue lendo.
Não é segredo pra ninguém: tô encalhada há um tempo. Pra me proteger da completa falta de tesão na vida que me assola, digo que os homens estão difíceis, estranhos ou que não aparece ninguém interessante. Continue lendo.
Eu lembro do dia em que parei de remar. Ou do dia em que me vi cogitar. Já estava formada. Cuidava de pessoas. As fazia andar. Continue lendo.
De galochas amarelas, passei o portão azul que me esperava na floresta.
O rio corria ao lado e eu via pessoas remando.
Um lobo cinza de olhos castanhos e azuis, me seguia – ou me guiava?
Aqui estamos eu e você novamente.
A garganta se inflama em tosse de tudo que tá preso. Mas aprendi que é feio dizer. Continue lendo.
Saí de casa pedalando pelos buracos das ruas descrente
Pensamentos invadiam e escapoliam na mesma velocidade
Olhar distante da realidade
Eu tinha 26 anos quando engravidei. Passei 9 meses solitários por um lado, mas por outro, cercada de amigos. Jamais poderia imaginar a mudança que viria a acontecer – entre várias outras. Continue lendo.
Dia 11 de fevereiro de 2019 e uma pequena historinha pra vocês.
Hoje, fazendo keeping no clube, sofri um acidente. Continue lendo.
Rasga, lá dentro de mim, a voz que grita por seu nome
Enquanto, aqui fora, me mantenho muda
Há 6 anos atrás, eu era apenas uma mocinha sem fazer ideia do que vinha pela frente.
Era apenas uma lagarta inocente
sem saber a borboleta em que me transformaria. Continue lendo.