21 de abril de 2022

Diário de viagem: 18/04/22

Acordei animada pra remar e colocar o que aprendi em prática de novo. Minha mente pede a toda hora uma certeza e eu preciso lidar com essa ansiedade. O esporte é um ambiente que lida com poucas certezas.

Hoje, Pancho não estaria aqui e saí no escurão nesse rio gigantesco. Estava tomando café quando Patrícia me mandou mensagem dizendo que estava na porta com coisas para mim. Me trouxe um grill, tortillas de arroz e café. Eu nem sei o que fazer com tanto carinho. Arrumei as coisas e desci.

Patrícia me perguntou se eu não tinha medo de estar no escuro do Rio. Não, não. Tenho mais medo dos espíritos do meu quarto – que aliás fizeram inúmeros barulhos à noite e eu coloquei fone de ouvido com mantra pra conseguir dormir. Uma bela de uma cagona.

Fomos até o ostender e voltamos. Não posso dizer que foi um treino incrível, não posso dizer que foi um treino péssimo. De cérebro bugado, fiquei passeando pelos inúmeros defeitos e correções e acredito que hoje não tenha conseguido realizar efetivamente alguma. Encosto o barco e sigo o baile.

Almocei no centrinho, aproveitei uma Internet, cambiei uns dinheiros.

À tarde, mais uma sequência de teste de pesos. Foi bruto. Fiz umas 15 séries de 3 repetições com 72,5 kg no agachamento fundo, 18 de 4 repetições com 42kg na remada deitada e saltos. Pancho tem um aparelho que mede a velocidade de execução. Ele achou bom o teste e juntando com outros dados, tem pensado numa regulagem pra mim. Fizemos um pouco de escola no ergo e a notícia que tenho pra dar é que meus ombros, em especial o esquerdo, tem vida própria.

Sentindo as pernas duras feito concreto e, de antemão sofrendo pelo dolorimento que ainda há de vir, subi as escadas para o quarto.

Mandei bala no relaxante muscular e mimi.

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