Gravidez Psicológica

Sexta feira à noite. Começam as cólicas abdominais. Diarréia, vômito. Fernanda de bode parecendo que ia morrer.

Sábado o dia todo. Passei de cama. Movendo o mínimo possível. Certa hora deixei Bento levantar e andar pela casa. Silêncio. A criança estava em cima da cadeira mexendo em tudo (leia-se facas, garfos, copos, vai dar merda). Salvei o instante e segui meu martírio. À noite, forcei um macarrão.

Domingo. Mareada fui competir. Um passo fora da morte. Um sono de morrer.

Segunda. Fui à Dra. Lilia para minha consulta. Ótimo. Não vinha me sentindo bem há uma semana. Uma sonolência e um enjôo fora do comum.

– Tô sentindo um desânimo, um enjôo, uma sonolência que parece até com o que eu sentia grávida. A sensação é de que estou grávida.

Lilia abre um sorrisão- a gente só não sabe se é de alegria ou nervoso – e pergunta:

– Então você está transando?

– Sim! Mentalmente com o Brad Pit. Quase todos os dias.

Lilia gargalha.

– Pô que beleza! Você não brinca com pouco não, né? Tem que ser logo o Brad Pit!

– Claro! E eu lá sou mulher de miserinha?

 

Um beijo nas mães solteiras e lisas como eu. Mentalizando 2014 com muito beijo, abraço, carinho, chêro no cangote e muuuito sexo, porfa!

 

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