Deu um mergulho no mar sorrindo e olhou pra trás
O sol estava sentado em sua canga
Com um sorriso contemplativo rindo da sua mulecagem
A água gelada arrepiava sua pele
O coração apaixonado esquentava sua alma
E o sol a olhava rindo-se
Vagarosamente a cobria com seus raios, a aquecia em seu colo
Aquela mulher meio sereia, meio humana
meio sal, meio doce
Se derretia feito água viva
E o sol? Ah, o sol brilhava mais quando ela estava por perto
Parecia que seus raios ficavam mais vistosos
Seus dentes mais aparentes
Sua poesia mais na ponta da língua
Ela se fazia de menina
Mas era bem mulher
Gostava de seduzir o sol
Fazia que não
Mas gostava…
Usava cheiros, trejeitos, apetrechos
Na verdade o seduzia mais pela maneira que pulava no mar e se atirava na areia
Era exótica a sensação de ser coberta pelo sol naquele clima gélido
Divertido fazê-lo sentir frio ao tocar seu corpo
Gostoso o deixar com gosto de mar pra depois prová-lo

Aquelas tardes e noites de praia não eram comuns, pensava ela olhando pro sol com cara de apaixonada…

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2 Comentários

  1. EU

    Fitei seu lindo rosto com olhar curioso. Com semblante sisudo, ela amedrontava.
    Persisti, insisti e por fim o sorriso. O riso fez covinhas perceptíveis de longe.
    Quando achei que não havia mais nada… Apareceu o abano.
    Então o medo foi para não voltar mais.

  2. Fernanda Nunes

    às vezes as luzes brilham em tamanha intensidade que até o homem mais sábio teme. Ao cruzar seu sorriso com o dele, parecia que um clarão descia à Terra. Mas a pergunta era:”Por que ela caminha pra lá deixando o sol morrer na praia sozinho?” Sisuda ficava sua alma… Transparecia em seu rosto. Via ele brincando de dourar o mar e ela só a espiar. Fingia que não mas sabia que o sol estava ali perto, contudo insistia em não aquecê-la… Era uma vontade tão grande de pular em seus raios que teve que se fechar para se conter. Ela foi embora fazendo de conta que não conhecia aquele sol, que nunca tinha pisado naquela praia e muito menos se banhado naquele mar.

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