30 de junho de 2011

Cansei desse troço de amar
Juro, não é fita
Cansei. Um cansaço de amargar
Amargo…
Medo de ficar amarga
Cansaço de amar de amargar
Cansaço de amar e medo de amargar
Medo de não amar

Exaustão de coração aflito
Não quero mais beijo nem desejo
Chega de subjetividade, tato, olfato
Sorrir quando se está triste
Só pra agradar
Não me agrada mais essa piada de amar
Esqueci como é brincar
Desperdiçar tempo à vontade
Que ingenuidade!
Achava que seria pra sempre!

Amor de família
Amor de namorado
Amor de amiga
E amor de pica?
Será que fica?
Fica nada, perde a graça
Passa

Às vezes, duvido até do amor que sinto por mim
Já me larguei por tantos cantos
Pelo menos me reencontro
Canso pouco de mim
Sou a variável mais controlável
E o outro?
Como impedir?
As palavras da boca como censurar?
O desejo do corpo como controlar?
O fim tenebroso como evitar?
Muitas perguntas, variáveis incontroláveis…

De agora em diante só quero ciências exatas:
Eu, meu cachorro, minha casa

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