Senti o chamado para ser tua mãe e feito leoa, te acolhi em meu ventre, te nutri com meu sangue e meu leite, te protegi com minhas garras.
Te amei.
Não tenho vergonha, não tenho medo, pois com você eu sou mais frágil, com você sou mais forte.
Levo na marra, levo na garra, levo no amor. Vivo a ressaca, vivo a calmaria e aceito as duas partes.
Ocuparemos espaços, meu filho, nesse desafio diário que é ser mãe de cenários áridos.
De dia das mães, não quero presente do meu filho, quero presentes dos meios que vivo e convivo. Que esses meios aceitem que sou mãe solo e que o cabem apoiar. Que para me ter, meu filho tem que estar seguro. Não me cobrem profissionalismo suprimindo meu ser mãe, isso é violência. Fazer coisas para o meu filho é benefício direto. DIRETO. É um DIREITO TRATADO COMO FAVOR.
E saibam, mesmo que eu explique a vocês com todo o carinho e todo o cansaço, o que é diariamente dar conta de uma pessoa sendo a única responsável, vocês nunca saberão. Mas não me importa que não saibam de fato. Me importa que me ouçam. Me importa que acolham. Não só a mim.
Acolham as mães. TODAS.
Agradecida.
#felizdiadasmães
