21 de janeiro de 2013

Dá pra olhar pra tudo, ou quase tudo, por dois prismas, o otimista e o pessimista. Ser mãe solteira não é diferente. Você pode se enxergar como a mais infeliz das pessoas por criar um filho sozinha, como também pode ver-se como detentora do monopólio do maior bem durável e amável da sua vida.

Quando dei a entrevista ao GNT saindo da maternidade com meu filho nos braços, me perguntaram como era ser mãe solteira, se eu sentia falta de um pai. Eu estava tão eufórica e radiante, que respondi: “Não posso sentir falta de algo que nunca vivi. Esse é o meu primeiro filho. Nunca tive um bebê estando acompanhada, não posso dizer se é bom, ruim, melhor ou pior.”
Posso dizer, atualmente, que gostaria de me sentir apoiada, mas perco a conta de mulheres com maridos que não se sentem apoiadas da mesma forma que eu, ou que contam com maridos que têm uma vida atabalhoada, por isso no dia-a-dia não colaboram tanto. “Ai, Fê, melhor criar sozinha, não tem ninguém pra discutir educação com você!” Já ouvi de várias! Super bem casadas. Fico pensando, será que meu inconsciente é tão doido que resolveu engravidar de um cara que eu sabia que não estaria presente só para eu poder mandar em tudo?

Rodando atrás do próprio rabo. Assim imagino que nós nos apresentamos quando ficamos lamentando algo que não temos, achando que a grama do vizinho é mais verde. A ausência de um pai me fez mais guerreira, mais intensa. Não tem boi na linha da minha ligação com meu rebento. Tô vivendo isso de uma forma deliciosa. Já chorei minhas pitangas por não me sentir apoiada, mas a proporção frustração satifação é desigual. Não me arrependo de um pentelhésimo do que fiz (um filho).
Quando ainda estava grávida, achava que ia escrever um mega texto no dia que eu completasse um ano sem sexo. Pois é, tenho memória boa. No dia, escrevi uma frase no facebook e deu. Estava pouco me importando pro evento. Até o momento, continuo sem pressa. Édipo! Édipo! Édipo! Mãe louca! kkkkkkkkkkkkk Na verdade, é bem comum a mulher ter uma diminuição na libido no pós parto, motivo de muitas crises conjugais. Fiquem calmos. Passa. Outra coisa bem comum é a mulher ter orgasmos (sim, orgasmos!) amamentando. A maioria não comenta por vergonha. Eu não tive, mas amamentar me proporciona uma sensação de prazer enorme! Não desejo desmamar meu filho tão cedo.

Olho pro Bento e digo: “Você é meu! Meu! Tenho 100% das ações dessa empresa.” Brincadeiras à parte, ser mãe solteira tem suas vantagens. Eu abuso de todas elas!

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2 Comentários

  1. Ana C.

    Chega de rótulos! Tem mt homem q n faz um pingo de falta, q nao ajuda, so atrapalha. No Nordeste a maioria eh machista e nao se envolve com gravidez e com o pós-parto! E esses que se acovardam, imagina como seriam pais-maridos ausentes… atras de quase td mae solteira (batalhadora, amorosa, forte, etc) existe um pai ausente, irresponsavel, covarde… a gente torce pra que eles mudem e deem amor aos filhos, pq as tais maes n precisam de seu amor…

    • Ana, vc ainda vai oscilar muito. A única coisa que você pode fazer nesse momento é se cuidar. Daqui a pouco, seu filho estará do lado de fora e vc, por um tempo, ficará tão atrapalhada e cheia de coisas para fazer que vai esquecer o nome do pai! Kkkkkkkkkk tô falando sério. Vai ficar tão cansada que cai ter preguiça de discutir! No fundo queremos que sejam bons pais pois eh bom para os filhos, mas não temos controle disso. Portanto… Forca na peruca! Bjs

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