Há 2 anos partia minha avó Rita. Há um ano, nesse mesmo dia, eu acordava aos prantos e me punha a escrever. Aos prantos. Depois comprei flores e fui à praia acompanhada de pessoa querida pra atirá-las ao mar. O mar é e sempre foi meu maior remédio. Jogar rosas brancas ao mar era como dar um beijo na minha avó e em Iemanjá ao mesmo tempo. Chorei mais um minuto e deu. Fim. Deve ser esse troço de ter Sol Plutão que faz com que a gente veja a luz na escuridão. Minha avó com todos os defeitos era muito amada, muito presente, muito guerreira e sem a noção que a maioria dos idosos tem. O fato é que hoje, fazendo 2 anos, tenho a certeza que o sofrimento da perda de um ente querido e amado não cura, mas como me diziam, ameniza. Acordei e vi no celular “25 de junho”. Não chorei. Acordei feliz, na verdade, pois a vida, e talvez até minha avó lá de cima tenha ajudado, me deu um outro ente querido e amado em troca. Claro que não é uma troca elas por elas, mas de fato estou sendo presenteada. Esse presente me deu a chance de testar já de partida minha força, minha coragem, meu amor. Acordei feliz pois sei que minha avó amada e jamais esquecida (agora enchi os olhos dágua) está sentada numa núvem me olhando com alegria e admiração. Que minha avó esteja em paz e meu filho também!

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