Pra Sempre Borboleta

Há 6 anos atrás, eu era apenas uma mocinha sem fazer ideia do que vinha pela frente.

Era apenas uma lagarta inocente

sem saber a borboleta em que me transformaria.

Dos vôos rasos, dos vôos altos e das flores que eu beijaria.

Ontem, meu filho me abraçou e disse: “Não viaja, mamãe, não fica longe de mim.”

Ele soluçava e eu o abraçava apertado.

O fiz dormir nos meus braços e cheirei sua cabeça como se cheirasse ópio.

Borboleta. Sou borboleta.

E não sou daquelas pequenas. Nem medianas.

Sou daquelas gigantes que nos saltam aos olhos com seu azul brilhante.

Sou gigante.

Gigante aqui dentro de mim.

Bato minhas asas intensamente.

Vivo imensamente.

Amo loucamente!

Me divirto no meu mundo paralelo.

Mas Bento é a flor mais linda.

A flor que sempre hei de voltar.

Cortejar. Beijar. Amar.

A flor que me sinto dona.

(pertencente também)

Pois por meio dele virei borboleta.

E borboleta nunca mais deixarei de ser.

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